A terceira idade traz consigo vários fatores como aumento da dependência, doenças que afetam a mobilidade, perda de pessoas queridas, redução do contato social, ausências dos familiares que não ficam tão presentes como de costume e demais situações que podem ocasionar na depressão em idosos. Essa condição é caracterizada por meio da tristeza excessiva em um tempo prolongado, além do surgimento de desânimo, alterações no sono, falta de energia, falta de apetite etc. Contudo, muitas vezes, isso pode ser visto como “frescura” por parte de outras pessoas, o que é um erro que faz com que a pessoa se sinta cada vez mais solitária.

Determinada por uma tristeza constante e prolongada, a depressão envolve uma ampla família de doenças. A síndrome é classificada como doença psiquiátrica crônica e pode ser recorrente, atingindo adultos, adolescentes e crianças.

Além do sintoma clássico da tristeza profunda (que se manifesta quase diariamente, na maior parte do dia, por um período mínimo de duas semanas), sentimentos de dor, culpa, amargura, perda de interesse, ausência de ânimo, desesperança, baixa autoestima e oscilações de humor são outras características do transtorno. Como ela pode gerar paralisação, incapacidade e levar a pensamentos suicidas, pois a vida pode parecer não ter mais sentido, é importante identificar os sintomas e diagnosticar a doença logo, para iniciar acompanhamento médico.

Para conseguir identificar os sinais de depressão de maneira mais certeira, confira, abaixo, a lista com os principais sintomas.

  1. Humor depressivo durante a maior parte do dia, indicado por relato do idoso ou de terceiros;
  2. Diminuição drástica do interesse ou prazer em atividades antes prazerosas;
  3. Aumento ou diminuição incomuns do apetite,  perda ou ganho significativos de peso;
  4. Insônia ou sono excessivo;
  5. Fadiga ou perda de energia, agitação ou retardo psicomotor (capacidades cognitivas mais lentas).
  6. Sentimentos de inutilidade, culpa excessiva e inapropriada, “complexo de perseguição” ou medo exagerado de doenças graves;
  7. Redução na capacidade de concentração;
  8. Pensamentos recorrentes de morte ou suicídio;

A depressão em idosos é um grande problema que acomete a nossa atualidade.

Veja dicas de como lidar com a situação:
1- Dê atenção
2- Tenha tempo de lazer
3- Permita que o idoso faça as coisas que gosta
4-Não deixe o idoso sozinho por grandes períodos
5- Incentive a a formação de grupos
6- Busque ajuda psicológica para o idoso

A depressão em idosos pode ser uma resposta às situações pelas quais a pessoa está passando e deve ser devidamente tratada, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida do idoso. Cuidar da saúde mental é uma necessidade da sociedade atual, independentemente da idade. É necessário desacelerar de vez em quando, dar um tempo para si, realizar tarefas benéficas para a saúde, manter uma alimentação equilibrada, priorizar noites bem dormidas e atividades físicas. Pequenos gestos podem  evitar ou cuidar das doenças psicossomáticas, como a depressão. 

Os fatores que podem estar acarretando no aumento da incidência da depressão em idosos são: aposentadoria e a consequente sensação de inutilidade, falta de realização profissional, redução de renda e dificuldades financeiras, isolamentos sociais, incidência de outras doenças e a morte de amigos e familiares.

Quem cuida (ou ajuda a cuidar) de idosos deve sempre ficar atento aos sinais de depressão, para que o diagnóstico seja o mais breve possível. Confira os principais sintomas da depressão em idosos e, em seguida, aprenda como ajudá-los na prevenção.

Ainda que exista tratamento adequado para a depressão, prevenir sempre é a melhor opção. A melhor alternativa para evitar a doença, sem dúvidas, é incentivar os idosos à qualidade de vida generalizada, com uma rotina ativa e cultivar boas relações sociais.

Embora possa ser difícil para um idoso com saúde debilitada e situação financeira restrita sair de casa, há uma série de atividades possíveis. Entre elas estão leitura, frequentar cursos gratuitos, visitas a parques, ter encontros rotineiros com amigos e  participar de grupos de ginástica ou de dança de terceira idade na comunidade (muitas vezes gratuitas ou com baixo custo).

Lembre-se que o papel da família é fundamental tanto para prevenir, quanto para identificar os sintomas da depressão. Visitar, dar seu apoio, promover atividades que aumentem a autoestima e fomentem o convívio social são atitudes que podem transformar a vida de um idoso depressivo. Afinal, não é porque estão no fim de sua jornada, que a vida deles deve ser  que ser menos plena e feliz, não é mesmo?

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